sexta-feira, 22 de maio de 2009

SUGESTÃO PARA O HTPC

Disciplina nas aulas

Atitudes do professor que facilitam a disciplina
1. Nunca falar para a turma, enquanto não estejam todos em silêncio.
2. Dirigir-se aos alunos com linguagem e voz clara, com certa pausa e expressividade para que percebam o que se diz à primeira.
3. Nunca gritar. Um grito deve ser uma atitude rara que por vezes é necessária. Não esquecer que os gritos desprestigiam o professor. Ordens como: "Calados!", são inúteis.
4. Jamais esquecer esta regra de ouro: Se basta um olhar, não dizer uma palavra;
se basta uma palavra, não pronunciar uma frase.
5. Esforçar-se por manter a presença de espírito, serenidade e segurança. Os alunos notam a mais leve falta de à vontade, insegurança ou excitação do professor. Se isso se prolonga, a aula está "perdida"
6. Não deixar passar "nem uma" e atuar desde o principio. Nada fere mais o aluno e desprestigia um professor que as possíveis "injustiças". É o caso de deixar passar uma falta num aluno e, logo a seguir, castigar outro por uma falta semelhante.
7. Cuidar as atitudes corporais, os gestos, as expressões do rosto e vocais; tudo isso influi positiva ou negativamente nos alunos.
8. Procurar manter o domínio de toda a aula. Mesmo que se dirija apenas a uma parte da aula, deve ter a restante sob controlo. E preciso evitar a todo o custo que um aluno apanhe o professor desprevenido.
9. Não aceitar que os alunos se dirijam ao professor com modos ou expressões pouco apropriadas, como sejam: abraços, palmadinhas nas costas, graçolas, etc. Isto só serve para "queimar" o professor.
10. Jamais utilizar o sarcasmo ou a ironia malévola. Tem efeitos imediatos, mas consequências desastrosas a longo prazo.
11. Tornar-se acessível ao aluno, colocando-se ao seu nível, mas sem infantilidades nem paternalismos. Falar-lhes com afabilidade, afecto, por vezes com doçura; mantendo sempre uma discreta distância que eles aceitam e até desejam.
12. Se alguma vez acontecer uma situação de conflito (o que deve ser raro e excepcional) com um aluno ou com a turma, procurar o modo de sanar essa "ferida", através de alguma saída airosa, gesto ou atitude simpática. Eles possuem um sentido epidérmico da justiça, mas igualmente uma grande capacidade de desculpar e esquecer agravos.
13. Saber manter o equilíbrio entre a "dureza" e a amabilidade. A jovialidade e a alegria do professor deve-se manifestar, apesar de tudo, em todas as circunstâncias; os alunos têm de a notar. A maior parte das antipatias dos alunos têm a sua origem em rostos ou atitudes pouco acolhedoras.
14. A correção deve ser:
a) silenciosa: falar em voz baixa e só por necessidade;
b) sossegada: sem perturbação, impaciência ou exaltação;
c) de forma a provocar a introspecção do educando: que o aluno contenha os seus impulsos, caia em si e retome o caminho;
d) afectuosa: "se quereis persuadir, consegui-lo-eis mais pelos sentimentos afectuosos que pelos discursos" (S. Bernardo).
15. Evitar proferir ameaças, que podem não se cumprir, pelo desprestígio magistral que isso implica.
16. Mandar o menos possível. O ideal é conseguir com o mínimo de ordens. Mandar o estritamente necessário e com a certeza de que vamos ser obedecidos.
17. Algumas citações:
"São o silêncio, a vigilância e a prudência dum mestre que estabelecem a ordem numa escola e não a dureza e a pancada" (VITOR GARCIA HOZ).
"...a escola terá um pouco de sanatório, de biblioteca e de claustro, o que quer dizer que estará mergulhada em silêncio. Um silêncio que não será interrompido pela voz do professor, nem por campainhas1 nem por exercícios de piano... Um silêncio todo penetrado de actividade intensa, de vai-e-vem na ponta dos pés, de cochichos discretos e de alegria contida. Este silêncio supõe todo um conjunto de condições: mobília apropriada, motivos de actividade para estimular o trabalho da inteligência, e um professor omnipresente, mas invisível" (LUBIENSKA DE LENVAL).
"Evitar a "expressão sem vigor, sem clareza, nem exactidão" (Platão), por ser contrária ao silêncio" (V. GARCIA HOZ).
"E preciso cultivar bem as palavras, com sossego para que saiam resistentes como alicerces; e no mestre cristão ainda mais, porque ele pretende fazer obra para a eternidade" (V. GARCIA HOZ).
"A criança não praticará seriamente a virtude, se não conseguirmos tornar-lha amável e sedutora" (JOSEPH DUHR).
"Contribuem muito para suscitar o interesse e, em consequência, a atenção da criança, a personalidade e as atitudes mentais do professor. As atitudes e emoções são muito contagiosas. O professor entusiasta, alegre e animado, costuma ter alunos atentos e interessados. A primeira condição da aprendizagem interessante é que o professor reflicta nas suas atitudes e actividades em grau suficiente de simpatia e entusiasmo"
(AGUAYO)
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ATITUDES DO PROFESSOR QUE FAVORECEM A RELAÇÃO COM OS ALUNOS
1. Planificar e programar bem as aulas. Não confiar na improvisação.
2. Manter sempre os alunos ocupados porque nada favorece tanto a indisciplina como não ter nada que fazer.
3. Evitar centrar-se num aluno, pois os outros ficarão entregues a si mesmos.
4. Evitar os privilégios na aula. A escola deve ser um lugar de combate aos privilégios.
5. Não fazer alarde de rigor. Quando for necessário corrigir, fazê-lo com naturalidade e segurança.
6. Não falar de assuntos estranhos à aula.
7. Aproximar-se dos alunos de modo amigável, tanto dentro como fora da escola.
8. Estar a par dos problemas particulares dos alunos para poder ajudá-los quando necessário.
9. Se tiver de fazer uma admoestação, que esta seja firme, mas que nunca ultrapasse a linha do amor próprio e seja de preferência em privado.
10. Procurar um ambiente cordial, relaxado e sereno.
11. Ser coerente e não justificar as incoerências. Quando houver alguma incoerência o melhor é reconhecê-la e honestamente rectificá-la.
12. Se se aplica um castigo deve ser mantido e cumprido, a não ser que haja um grande equívoco que justifique uma mudança de atitude.
13. Não se deve castigar sem explicar clara e explicitamente o motivo do castigo.
14. Não agir em momentos de ira e descontrolo.
15. Evitar ameaças que depois não possam ser cumpridas, pois isso tira prestígio ao professor.
16. Os chefes de equipa ou grupo devem colaborar na disciplina da aula.
17. Há que ser pródigo em estímulos e reconhecimentos de tudo o que de bom faça o aluno, embora sem exageros ou formas que pareçam insinceras.
18. Evitar castigar todos aos alunos por culpa de um só, a não ser que existam implicações gerais.
19. Evitar atitudes de ironia e sarcasmo.
20. Ser sincero e franco com os alunos.
21. Saber dar algo aos alunos, não pedir-lhes sempre.
(Não sei quem é o autor destes apontamentos)
site: http://professor.aaldeia.net/disciplinanasaulas.htm, acessado em 22/05/2009


Professor Coordenador estas são algumas sugestões de como lidar com a indisciplina, este texto poderá ser trabalhado no HTPC como exercício reflexivo da sua equipe. Trata-se de uma questão polêmica do cotidiano escolar que envolve todos os professores e níveis de ensino.

Assim, você poderá conduzir o HTPC propondo as seguintes indagações aos seus professores:
1) Quais seriam as sugestões que eles encontraram para lidar com a indisciplina e fortalecer a relação professor-aluno?
2) Quais itens do texto podem nos servir, com quais concordo e quais discordo, quais as minhas sugestões?
Registre as respostas e promova a reflexão sobre os pensamentos que eles apresentaram, você poderá sugerir que eles se coloquem na situação do aluno, do gestor e do pai ao lidar com a indisciplina para compreender as causas e as conseqüências para a formação e o trabalho do professor.

Dessa maneira, as soluções serão encontradas na própria escola, devemos lembrar que não existem soluções prontas, isto é, receitas para conter a indisciplina, o que existe é o trabalho em equipe que encontra respostas para os diversos problemas da escola pela reflexão sobre a prática.

ANTONIO CAFFI - PCOP DE ARTE

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TEXTO SOBRE A EXPERIÊNCIA
Paulo Geraldo - Divirtam-se!

A experiência é uma coisa muito interessante. É servindo-nos dela que aprendemos grande parte daquilo que sabemos; por ela orientamos, muitas vezes, os nossos passos; com ela evitamos a repetição de dissabores e procuramos aquilo que já sabemos ser bom. A experiência poderia servir para que a nossa vida fosse muito mais previsível e controlável, mais cómoda e segura, livre de problemas.
Uma maçada, no fundo...
Felizmente, a natureza possui aspectos desconcertantes que têm o condão de permitir que, apesar de existir a experiência, a nossa vida seja em cada um dos seus momentos uma aventura.
Um deles é que a experiência que adquirimos numa fase da nossa vida não nos serve de nada quando chegamos à fase seguinte. Assim, terminada a infância, aquilo que nela aprendemos de pouco nos vem a servir na adolescência, pois ali tudo se torna novo e estranho.
Na maturidade tudo se transforma mais uma vez. São outras as cores daquilo que nos rodeia, os desafios são diferentes; temos novas capacidades, que estreamos como quem utiliza um brinquedo novo.
Depois, caem as folhas, arrefece o sangue e tudo é de novo estranho. Mas de uma estranheza diferente, desconhecida.
E envelhecer é outra aventura. Quando lá chegamos não fazemos ideia do que nos espera.
E a morte... Como ter experiência da morte? Se nas fases anteriores ainda nos podemos socorrer da experiência de outras pessoas, neste caso ninguém nos pode ajudar. A morte é a grande e definitiva aventura.
Apesar da experiência que vamos adquirindo, chegamos, a cada uma das nossas épocas, inexperientes e inseguros como meninos.
A falta de memória também contribui para tornar esta nossa vida mais divertida. Como os pais já não se lembram muito bem de como eram quando eram crianças, educar os filhos transforma-se numa emocionante aventura, cheia de novidades diárias.
A vida, na sua magnífica diversidade, vai-nos oferecendo constantemente novas situações, para as quais nunca estamos verdadeiramente preparados. Algumas são duras: um fracasso grande, uma doença que veio para ficar, a morte de alguém que nos faz falta...
Estas limitações da experiência forçam-nos a crescer continuamente; mantêm-nos tensos, esforçados. Permitem-nos ter constantemente objectivos diferentes. Dão colorido à nossa vida. É assim que nos podemos manter de algum modo jovens em qualquer idade. Quem programou este jogo da vida fê-lo de forma a que ele tivesse sempre interesse. Subimos de nível, saltamos do material para o espiritual, varia o grau de dificuldade, mudam os adversários e o ambiente - como nos jogos electrónicos...
Não somos poupados a sofrimentos, mas é-nos dada a possibilidade de reagir e continuar a avançar. Se temos saudade do que ficou atrás, também nos é permitido sonhar com o que está adiante. Se conservamos o sabor de derrotas que tivemos, também planeamos a vitória que se segue.
No jogo da vida, as derrotas deixam marcas, as feridas fazem mesmo doer, muitas vezes não recuperamos aquilo que perdemos. Estamos ancorados à realidade e, por isso, para nos divertirmos, para nos sentirmos como aventureiros no meio de tudo isto, temos necessidade de coragem. E de não calarmos aquilo que dentro de nós nos chama a um sonho, clama por aventura, pede para fazermos com a vida qualquer coisa que seja grande.
Poderíamos dar ouvidos ao medíocre que quer instalar-se em nós. E evitar, por medo e preguiça, as dificuldades, as complicações, o sonho. Mas "evitar o perigo não é, a longo prazo, tão seguro quanto expor-se ao perigo. A vida é uma aventura ousada ou, então, não é nada". Quem disse isto foi Helen Keller, a menina cega, surda e muda que veio a ser pedagoga e escritora.
A mediocridade tira toda a graça e todo o sal ao tempo que passamos aqui.


(Paulo Geraldo)

3 comentários:

Profº Coordenador Cláudia de Cássia Ronquini disse...

Profº Antonio Caffi,

Excelente o texto postado sobre as atitudes do professor em sala de aula, com certeza dará uma boa reflexão sobre nossas posturas ao nos deparamos com situações, as quais, muitas vezes não sabemos ao certo como lidar.
Parabéns pelas dicas, pelo apoio, incentivo e orientação!

PC Cláudia - Ricardina

ESCOLA PEDRO CASEMIRO LEITE disse...

Oi, Caffi,
Não sei se é uma boa pedida, tendo em vista a atual situação da sala de aula, com alunos que sequer se respeitam, quanto mais ao professor e à escola. Embora seja uma boa oportunidade de provocar nossos colegas, se trabalhado de maneira despretensiosa. Mas, valeu!
Abraço.
PCs Evaldo e Nicleide.
Ah! Quando tiver um tempo, coloque nosso blog entre os seus: www.pedrocasemiroleite.blogspot.com

Escola Erotides disse...

Olá Caffi, já estamos com saudades de suas visitas e suas orientações, acredito que nosso blog só está dando bons frutos pois tivemos vc como nosso instrutor obrigada e realmente vale a pena investir na publicação dos trabalhos que estamos realizando na escola, pois está motivando alunos, professores enfim todos nós...realmente obrigada por nos acompanhar sempre.
Quanto aos textos, são bárbaros e são excelentes sugestões para nossos HTPC. Estamos desenvolvendo atividades com estas sugestões e está sendo bem produtivo, uma vez que o problema de indisciplina envolve todos da equipe e devemos procurar sugestões para enfrentá-lo. A forma de tratar a postura do professor em sala de aula é uma boa reflexão, já que nossos atos refletem nas atitudes de nossos alunos. Realmente obrigada pelo apoio e incentivo.
Adriana